c o n t a t o

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23/2/10

Berlinale

O urso de prata de melhor diretor desse ano foi pro Roman Polanski na película sobre um ghost writer. Polanski é excepcional. Dirigiu, entre outros, O Pianista.
Agora... estranho. Taí uma lembrança que me intriga: trombei, casualmente, com o piano do filme exposto numa rua de Berlin enquanto eu ficava olhando pra todos os lados daquela cidade fantástica. Ficava procurando resquícios da segunda guerra ao mesmo tempo em que caçava novidades da Copa que estava por vir, que observava as alemãs mais novas e os alemães mais velhos (que eu tinha certeza que ainda estavam trabalhando pra Gestapo). Isso tudo debaixo de muita neve.
E aí toda hora era um quase-tombo.
A cada 30 quase-tombos deve tê rolado um tombo, de modo que devem ter sido uns 3 tombos.
Tombinho, porque tombão mesmo só em Praga.
Neve é bom mas pode te humilhar dependendo do seu tenis.
Estranho.
E agora esse povo na televisão nas Olimpíadas de Inverno. Tô vendo esse gelo, essa neve e pensando nos meus quase-tombos em Berlin e envergonhado pelo meu tombaço em Praga. Até agora eu fico pensando se alguém viu o tombaço. A praça tava cheia, devem ter visto. Agora, ninguém riu. E deve tê sido engraçado pacaraio.
E doeu pacaraio.
10 a 0 pa neve.
Mas não é isso. Quer dizer, o post não é pra neve nem tombo, nem cidades turísticas. Estranho um cérebro assim...
Será onde que vai parar isso?
Eu tenho pra mim que, em alugm momento, deve rolar um afastamento do trabalho pra tratamento psiquiátrico.
Se isso acontecer já tenho até uma indicação: o hospital borda de Buenos Aires.
Lá todos falam espanhol!
E eu ainda posso usar minhas habilidades como narrador na radio la colifata.
Soluções futuras à parte, a Berlinale, que já concedeu o premio máximo pra duas belas películas brasileiras, entregou o Urso de Ouro desse ano pro filme turco chamado Bal (que alguns chamam de Honey).
Quanta coisa eu tô falando. Uma salada esse tanto de coisa.
CRIIIISE no brógui!
Uma coisa é entender como o meu cérebro traz a semelhança entre Beckham e Potsdam. Entre delay e azulay. Proncunica e fornicar. Engalfinhar e amafagafar.
Todas essas palavras têm semelhanças muito claras entre si na formação das palavras. Bekcham e Potsdam, por exemplo, tem a mesma posição de consoantes e vogais, são apenas duas vogais em meio a 5 consoantes e terminam com o mesmo fonema. É fácil identificar a relação.
Difícil é misturar tudo isso que eu to falando. E estranho como, incrivelmente, no meu cérebro tudo ganha uma conexão até que simples, apesar de nem tudo ser tão claro. É que vem tudo de uma vez no cérebro como um jogo que você vai pegando cartas semelhantes uma atras da outra, e que vai formando sua vitória no baralho. Estranho e difícil de explicar. Sou ruim pra explicar. Mas como são cartas semelhantes e que por vezes estão em sequencia, tudo isso, de certa forma, tem alguma relação meio simples meio complexa. Simples porque estão em sequencia e são semelhantes, estranho porque... porque poucos enxergam a relação. Só maluco entende. Precisa tê um pé na loucura mesmo.
A coisa do filme, por exemplo. Falei do Polanski, de Berlin, da neve, do piano e o cérebro traz o Círculo de Fogo. Tá que a relação entre Círculo de Fogo e O pianista é mais clara. Mas mesmo assim Berlin é Berlin e Volgogrado é Volgogrado (Stalingrado é Volgogrado desde 1961, segundo a Vick Vaporub). Tá que é tudo nazismo mas não é só isso. E ainda tem Tropa de Elite, que venceu o festival dois anos atrás, e Central do Brasil, campeão em 98. Isso pra falar dos brasileiros. Mais relacionado estaria o fenomenal Além da linha vermelha, que também levou o urso de ouro.
Enfim, dane-se a explicação dessas relações perturbadas.
Os caras tão voltando pro hockei no gelo.
Falei tudo isso só por causa da minhoca e da história do vencedor da Berlinale 2010: Bal.

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