c o n t a t o

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30/11/11

Ladrilheiro, 30.

"E agora um torcedor invadiu o gramado, com todo o cerco da polícia, está lá dentro do campo… com a camisa do Flamengo amarrada no pescoço, correndo dentro de campo.”

Essa foi a informação do repórter da TV Globo, que transmitia a final do campeonato carioca de 1981. A história é conhecida de todos: vencíamos o Vasco por 2 a 0 e Ticão descontou. Quando se cogitava uma improvável reação cruzmaltina, um torcedor rubro-negro invadiu o gramado até ser agredido primeiro por Roberto, depois por Ivan, até Nunes sair em sua defesa.

Era Roberto Passos Pereira. Brasileiro, ladrilheiro, rubro-negro. Um de nós.

Errou o televisivo ao reportar “com a camisa amarrada no pescoço, correndo dentro de campo”. Roberto Passos Pereira, que logo seria chamado apenas de Ladrilheiro, estava com os braços erguidos, camisa do Flamengo aberta e tremulando sobre a cabeça, como uma bandeira. E dizer que corria é exagero. O Ladrilheiro desfilava pelo gramado como se houvesse crescido ali, no terreiro do Galo de Quintino.

Era Roberto Passos Pereira. Brasileiro, ladrilheiro, rubro-negro. Um de nós.

Há que se recordar que, naquele instante, não tínhamos a dimensão do personagem. Sabíamos do míssil de Adílio e da cesta do meio da quadra de Nunes. Sabíamos que aquela era a última partida do Flamengo sem ostentar o título de campeão mundial de futebol. Mas não sabíamos quem era aquele doido que dava uma volta olímpica solitária, com uma surrada camisa de pano vermelho e preto nas mãos.

Era Roberto Passos Pereira. Brasileiro, ladrilheiro, rubro-negro. Um de nós.

Foi cercado por jogadores vices e vascaínos, protegido por jogadores campeões e rubro-negros, conduzido sob vara pela polícia até ser libertado. A multidão o ovacionava com gritos incertos, regida pelo herói anônimo de quem não se sabia o nome, a nacionalidade, a profissão e a crença.

Era Roberto Passos Pereira. Brasileiro, ladrilheiro, rubro-negro. Um de nós.

Pode-se contar a história daquele fim de tarde de 6 de dezembro de 1981 de várias formas. Os vascaínos lamentavam em delírio surreal que venceriam o jogo. Os idiotas da objetividade condenavam a invasão, balançando as cabeças vazias e repetindo palavras como “lamentável” e “desagradável”. Mas o povo apenas cantava, porque é um povo que sabe que é preciso cantar. O povo flamengo cantava, e se soubesse quem era aquele sujeito tão magro e surrado quanto feliz, cantaria, olhando para o gramado, se esse campo fosse meu eu mandava ladrilhar com pedras de brilhante para o campeão do mundo jogar.

Era Roberto Passos Pereira. Brasileiro, ladrilheiro, rubro-negro. Um de nós.

Obrigado, Ladrilheiro.

Neste dezembro o evento completa 30 anos...

Fonte: Urublog.



Obs.: (quinem no bróguio do G^odóio) IMPAGÁVEL a entrevista do ladrilheiro 15 anos após o fato. Relatos da festa depois do título, da agressão de vascaínos, do desabamento da sua casa e da ajuda do Zicão. E ainda tem um final fantástico.

29/11/11

Acórdão-se

Recomenda-se ao visitante o músico Cícero.
No sítio do rapaz dá pa baxá as músicas do disco Canções de Apartamento.
Segue o clipe da música de não-trabalho:

22/11/11

Alguém falou bardhal aí?

Falando em coisa errada segue reflexão sobre as esquerdas, a crise e a transformação do mundo.
Como diz um amigo meu, a esquerda tá quinem a muié-barata.
Muié-barata é aquela que sai de dupra a noite. Ela se transforma em barata quando, de repente, a amiga pega um cabra. Aí a que sobrô fica quinem uma barata tonta. Qualqué um que chega com qualquer papo leva.
Segue plus do auteur, que precisa estudar um pouco mais sobre a esquerda brasileira...

Sintoma

Faz de conta que oce tabaia na dirección de planificación do seu país.
E aí tem uma pesquisa com as pessoas pra saber das expectativas com relação ao trabaio.
Aí, o rapaz que faz entrevista te pergunta qual a sua motivação para estar ali.
Ao que você responde: pra transformar o meu país.
Aí, o rapaz que anota as coisa no caderno (e que já entrevistou 30 dos seus colegas) faz uma cara de espanto e surpresa com a sua resposta.
Aí, cumpade, só pode ter alguma coisa muito errada acontecendo.

21/11/11

Desabafodavida

Esse tal de internet é um fenomeno.
Segue link pra um dos melhores canais do youtubo.
A produtora, revoltada com a opinião pública e a falta de capacidade crítica do Planeta, manda altos recados para os idiotas e os quadrados.
Desaba foda vida.

18/11/11

Sangre latino

Eduardo Galeano, Fernando Trueba, Chico Buarque, Milton Hatoum, e uns lá que eu nunca vi. E outros muito bons.
Magnífico!
E tudo mediado pelo excelente Nepomuceno.
Tá que tem os lixos tipo FFHH e Jorge Castañeda, mas mesmo eles têm coisas boas a dizer.
Aqui tem uns vídeos.
No youtube tem mais.
Segue minhoca

16/11/11

Eu uso óculos

9/11/11

A alma e o estômago

"Encerrei em 31 de outubro o mandato com que me honrou o ex-presidente Lula, para implantar a Empresa Brasil de Comunicação e presidi-la no primeiro quadriênio. Tenho orgulho de ter contribuído para dotar nossa democracia de uma instituição que lhe faltava, o sistema público de radiodifusão. Saí com as mãos limpas e a alma maior.

O custo foi alto, mas valeu a pena. Dirigentes, funcionários e apoiadores deixamos um legado importante, que a nova gestão, sob a liderança de Nelson Breve, irá fortalecer e ampliar. Ele não se restringe à TV Pública, hoje realidade nacional e internacional. Pode ser conferido no vídeo a seguir



Por esse legado, enfrentamos grandes adversidades e uma incompreensão brutal e macarthista. A renúncia teria me poupado, mas teria comprometido o projeto. Pensei nela quando ficou difícil comandar diretores que eu não escolhera. O ex-deputado Virgílio Guimarães me advertiu: “A MP não passará e você será a culpada”. Mais tarde, em outra crise, o conselho sensato foi do senador Tião Viana: “Votamos a lei confiando em você. Está nos anais. Renunciando, você ofende o Congresso”. Em 2009, consegui voar de Belém para Brasília no avião presidencial, pela única vez, para dizer a Lula que iria sair. “Não faça isso, você começou a obra, precisa terminar. Tire todo mundo que estiver atrapalhando”, disse ele. Prossegui.

Na última semana de seu governo, ele insistiu, como já fizera o ministro Franklin Martins, cujo apoio nunca me faltou, na importância de cumprir o mandato até o fim, fazendo valer a lei. Deve ter sido um erro, mas fiquei para concluir o mandato. Nunca desejei nem pleiteei mais quatro anos. Agora havia também o conflito com o Conselho Curador. Uma nova maioria substituira os conselheiros nomeados por Lula, formada por nomes oriundos de consulta pública e selecionados pelo Conselho. Para ela, o Conselho tem poder sobre tudo na EBC, e não a tarefa de zelar pelos princípios na programação, como diz a lei.

Reagi à ideia de uma diretoria subalterna, traduzida pela grosseria pública do conselheiro Aarão Reis: “Sua função é trabalhar, a minha é te controlar”. Tudo culminou com a ordem para tirar do ar os programas religiosos, em nome do Estado laico. O Conselho não é gestor da grade. Os programas constavam da grade anual. A TV Pública deve espelhar a sociedade, plural e diversa, não o Estado. Por fim, a Justiça concedeu liminares às igrejas e o Senado condenou a resolução, prometendo revogá-la por decreto legislativo. A diretoria refletira corretamente a sociedade.

Outros conflitos houvera. Tivemos que refazer o Plano de Trabalho 2011, nele incluindo informações orçamentárias, tema afeto ao Conselho de Administração. O modelo tecnológico do Operador de Rede foi questionado, os investimentos em rádio também. Em 25 de agosto, reiterei à presidente Dilma que, mesmo se quisesse, continuar seria submeter-me a uma destituição já anunciada por notas na imprensa. É só buscar no Google. Elas diziam que, se Dilma me reconduzisse, o Conselho aprovaria meu impeachment, ou seja, a destituição pelo voto de desconfiança, prevista na lei. O blog Poder Online em 9/9/2011 avisou: “O Conselho não nomeia mas demite”. Na véspera, eu participara de reunião com a presidente e os ministros da Secom e do Minicom. O tema era tevê digital.

Pensaram que era recondução.

Acelerei a transição com Nelson, que eu levara para a EBC e era o nome consensuado. Fizemos o balanço da gestão, mas o Conselho cancelou a audiência pública em que seria apresentado. Em ato no dia 27, fizemos o balanço e a despedida. Os resultados foram mostrados e aplaudidos. Mas fontes ocultas informaram, por alguns jornais, que perdi a disputa pela recondução. Que o governo me trocou por discordar da gestão. Correta, só a informação de que o Conselho não me queria. Mas não informava por quê. Há um dano moral nisso. Precisei revelar, em coletiva, o não apurado. Ao virar a página, espero que a diretoria agora possa trabalhar e que o Conselho retorne ao seu relevante papel institucional e legal."

Tereza Cruvinel

7/11/11

Forma de um telescópio

Estranho essa capacidade que algumas pessoas têm de enxergar.
Marco Aurélio Nogueira tem. Segue uma das provas.
Triste é que pra cada um desses tem 5 milhões de idiotas.

6/11/11

Lixo

“Não se faz política com o fígado”. Ulisses Guimarães tinha lá suas contradições, mas perto de tantos por aí, era uma Madre Teresa de Calcutá de virtudes. E cunhou uma das maiores frases, aqui repetida no início desse texto para definir o sentimento que deve guiar a política e os políticos. Política deve ser feita com cabeça, e se não for pedir demais aos nossos representantes, alma e coração. Ao menos um pouquinho...

Dilma gosta da frase. Já repetiu a máxima do Velhinho algumas vezes. Não sei o que ela está sentindo agora, nesse momento em que é vítima de política rasteira, da maior expressão de uma política feita com o fígado, com bílis, com o perdão da palavra feia. Porque tudo está tão claro...Enquanto alguns perdem tempo em comentários bairristas, preferem vibrar com um Rio de Janeiro passado pra trás, ou com Porto Alegre surrupiada, lá da Suíça o todo poderoso Ricardo Teixeira deve morrer de rir.

Preparou sua vingança com azeite quente, e traçou sua estratégia com o fígado, com ódio, como costuma fazer com quem cruza seu caminho. O mesmo que gritava com ódio uma vez em um hotel do Rio exigindo cabeças de jornalistas para executivos subservientes, o mesmo que é implacável com quem costuma ser voz dissonante e ousa buscar a verdade...Esse mesmo, passou a mão em 190 milhões de brasileiros. Inclusive a Presidenta.

Que ousara uma postura de independência, soberana diante do déspota e da Fifa. O troco veio caro. E está claro na escolha de sedes e tabela de Copa das Confederações e Copa do Mundo: a revoada do canarinho ao ninho tucano é estrategicamente pensada, vingança, vendeta de filme, de Poderoso Chefão. É duro acreditar que a obtusidade de alguém nessa hora pode pensar em bairrismos bobinhos para entender a revoada para São Paulo e Minas Gerais sem pensar em política feita com o fígado, sem pensar em vingança.

O cenário foi milimetricamente pensado. Com o fígado. Em pleno processo eleitoral de 2014, em curso para eleições de presidentes e governadores, a seleção estará preferencialmente no ninho tucano, BH e SP aquinhoadas generosamente. O resto é bobagem, como todo “ismo”. Bairrismo, racismo, fascismo...A essência da decisão é por aqui. Feita com o fígado.

A tragédia, a conseqüência dessa política feita com o fígado sim, é o inexplicável afastamento do cenário do Maracanã. O templo estuprado, o santuário onde o desdentado e o gravatinha se misturavam, destruído em sua alma para...Para nada! Pela bílis de um déspota e pela sede de alguns abutres subservientes, que agora, vítima do próprio déspota, devem se olhar no espelho envergonhados ao constatar que tomaram uma volta.

Dilma tem uma história de lutas, forjada na ponta da faca nas masmorras sórdidas da ditadura. Não acredito que vá se dar por satisfeita em ter sido vítima da política do fígado. Em tomar uma volta. Como diz o cancioneiro de sua Minas natal, “temos pólvora, chumbo e bala, o que nós queremos é guerrear”. Os próximos capítulos prometem e dão alguma esperança.

E se, em algum momento de sanidade nesse país onde cada vez o fígado se sobrepõe ao coração e alma na política, e até mesmo a cabeça, quem sabe voltamos a ter alguma dignidade...E aí então, queria ter alguma esperança de que alguém olhasse pro meu Maraca...Destruído pelo fígado dos vendilhões do templo, com o beneplácito dos subservientes prefeitinho e governador. Os mesmos que agora sentem a mão alheia passadas no traseiro.

Autor: Lucio de Castro

5/11/11

Demência

O título mais adequado pa esse posto era "posto surreal do dia - especial diálogos malucos". Mas como alguns crápulas podem acionar o Marmota corporation na justiça* é melhor usar demência mesmo

(G^ODÓIO) oce vem na sexta ou no sábado?
(MUSSUM) no sábadis.
(MUSSUM) ô curris, oce acompanha o tv esporte interativis?
(CURRIS) não, aqui num pega. só pela interneta, que é lenta pa caraiozis
(MUSSUM) é uma boa opçãozis pa vê futebol na internetis.
(CURRIS) mas aqui fica travando diretis
(MUSSUM) o kajuruzis tem altis programis lá
(KAJURUZIS) EU SOU O KAJURUZIS!
(DOUTOR MARMOTA) UAHUAHUAHUAHUAHUUHAA
(MUSSUM) dementis, oce fazêndo biquis só era engraçadis quando oce era gordis. agora que oce é magris fica muito esquizitis.
(KAJURUZIS) magris? tá doidis? minha barriga num para de crescer. graças a deus. eu num quero morrê quinem a whinehousis.
(MUSSUM) prontis, tá provadis. oce não é o kajuruzis. pq o kajuruzis da televisão TÁ MAGRIS (mussum fica nervosis)
(MUSSUM) TÁ MAGRIS!
(CURRIS) huahuuhahuhuahuahua
(KAJURUZIS) tipo o faustaozis?
(MUSSUM) mais magris!
(KAJURUZIS) cacildis!


* a briga entre zezé di camargo e luciano, a situação da grécia, a relaçao conflituosa entre Crátilo, Amiguinho Japoronga e Frank, além da especulação sobre o (precoce) fim da carreira de rugens garrichellllo na fórmula 1, abalaram a parceria neodadaísta entre a Marmota Corporation e o Caia Na Real.




Reunião no olimpo

Zico e Pet juntos em uma hora de programa comandado pelo Zicão é um troço que arruma a vida de qualquer rubronegro.
Esses dois são, possivelmente, as personalidades mais recorrentes nesse bróguio.
Pra não perder o costume, seguem lembranças do Dejan no brasileiro de 2009.
SEMPRE FLAMENGO.

4/11/11

Nojo

(Tia da SPOA) Tem que prestar atenção nos textos. Como o assunto é o mesmo não pode copiar os textos.
(Tii do Cicro de Gestão) Ah... entendi. Tem que mudar a ordem dos parágrafos.