c o n t a t o

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8/12/15

Crise

Quando o DOUTOR MARMOTA tem que fazer coro com GOVERNADORES defendendo a LEGALIDADE, é porque o trem tá feio.
"A elite brasileira é a mais nojenta do mundo, e a elite paulista é a mais nojenta do Brasil"
Mino Carta.

"CARTA PELA LEGALIDADE
Os Governadores estaduais vêm, por meio desta nota, manifestar-se contrariamente ao acolhimento do pedido de abertura de processo de impeachment contra a Presidenta da República.
A história brasileira ressente-se das diversas rupturas autoritárias e golpes de estado que impediram a consolidação da nossa democracia de forma mais duradoura. Tanto é assim que este é o período mais longo de normalidade institucional de nossa história, conquistado após a luta de amplos setores da sociedade. Nesse sentido, é dever de todos zelar pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.
Entendemos que o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a Constituição.
O processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, 02/12, carece desta fundamentação. Não está configurado qualquer ato da Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de responsabilidade.
Compreendemos as dificuldades pelas quais o país atravessa e lutamos para superá-las. Todavia, acreditamos que as saídas para a crise não podem passar ao largo das nossas instituições e do respeito à legalidade. Por isso, ciosos do nosso papel institucional, conclamamos o país ao diálogo e à construção conjunta de alternativas para que o Brasil possa retomar o crescimento econômico com distribuição de renda.
Brasília, 08 de dezembro de 2015"

27/11/15

Funk you! (o espelho do real)

É cumpade...
Seguem apenas trechos do belíssimo artigo do Doutor Michel Yakini.

"O funk surge em outro contexto. É o estilo da escassez e ao contrário do sertanejo universitário, que aposta no “menos complexo, mas vistoso”, porque sabe que é isso que a massa consome (porque é pra isso que é preparada), o funk surge da voz embargada, rimando e ritmando com o que pode, e provocando muito, do jeito que dá. O funk deflagra, e isso a retórica não compreende, chama de conformismo, de conformista. O funk não é pedra na vidraça, é o espelho do real, não é a inversão, é o toma lá da cá, é a música que paga com a mesma moeda. (...)

A maioria dos mc´s do funk vem das quebradas, são negros e negras, e se não apresentam uma poética de agrado, é reflexo de pertencer a uma geração da escola sucateada, que mal consegue alfabetizar. Se rimam e cantam é porque trazem oralidade no berço, pois convivem desde sempre com o samba, rap, capoeira, terreiros e o funk que explodiu no RJ nos anos 90, mas que segue vivo na voz de Mano Teko, Pingo do Rap, Mc´s Júnior e Leonardo, entre vários. História da música de favela no Brasil, que sempre foi e é depreciada. (...)

O funk não foi inventado pelos endinheirados da indústria cultural, é uma expressão vinda da urgência, e ao conquistar espaço no mercado, porque a mulecada faz chover na internet, deflagra o ódio dos estetas de plantão, a ira da “sociedade de bem”, e o medo dos conservadores. A juventude do funk ocupa as ruas, deixam as vitrines em choque, o estado perdido e os socialistas eufóricos, mas eles querem curtir um som, namorar, se encontrar, e consumir a negação. E apesar de já ter funkeiro popstar, a gente sabe que a maioria continua na batalha de sempre, rimando e postando na internet, sem disco, sem estúdio, fazendo show quando dá. E por isso, de repente, todo mundo quis se inteirar sobre o funk, conhecer, abrir espaço, fazer política pública, tacar pedra, mandar prender, mandar matar, enfim... (...)

E pra quem fica tirando de menor, de sem elaboração, tem que aprender muito de formação de público, articulação e empreendedorismo sem monopólio com essa mulecada, pra quem fala da poética fraca, vem rimar com alguns funkeiros e vê se tem fôlego pra decifrar o dialeto. Pra quem despreza o ritmo, vem dançar o passinho, explodir o corpo pelos quadris como esses meninos e meninas fazem, ou melhor, desfrute da mesma estrutura, viva no mesmo bairro, e tente fazer sua arte elaborada, tocar seu piano em um cômodo que mal cabe um colchão, bora lá, funk you! (...)

Por isso, quando a estética da vida for pau-a-pau nos dois lados da ponte, a crítica será justa, a comparação com altas produções terá contexto. Fora isso, a mulecada segue na rua, rimando e sacudindo o conforto das etiquetas, pois o mundão tá desafinado, e enquanto as harmonias prezarem pelo silêncio, o funk há de riscar esse disco e revelar esse descompasso".

25/11/15

Interpretaciones

Manchete do UOL após a vitória de TiaDilma sobre Aécio Never por 51,6 a 48,4: Em país dividido, Dilma é reeleita

Manchete do Clarín despues que Macri ganó el ballottage frente a Daniel Scioli por 51,4 a 48,6: Macri presidente

Manchete do UOL após a vitória de Macri: Opositor Mauricio Macri é eleito presidente da Argentina

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Pensando na Argentina eu lembro de uma musiquinha da torcida do Framengo...
"ACABOU O AMOR! ISSO AQUI VAI VIRAR O INFERNO!"

Verguenza




"Los trabajadores de La Nación S.A. le decimos NO al editorial que, con el título de "No más venganza" se publicó hoy, lunes 23 de noviembre de 2015, en la página 32 del diario.

Quienes trabajamos en el diario La Nación, en las revistas que edita la empresa, en las versiones online de todos los productos periodísticos, entendemos que la vida democrática implica la convivencia de distintas ideas, proyectos e identidades políticas. Convivimos entre estas paredes trabajadores que expresamos esa diversidad y desde nuestras diferencias construimos un sentido común.

Desde esa diversidad rechazamos la lógica que pretende construir el editorial de hoy, que en nada nos representa, al igualar a las víctimas del terrorismo de Estado y el accionar de la Justicia en busca de reparación en los casos de delitos de lesa humanidad, con los castigos a presos comunes y con una "cultura de la venganza".

Los trabajadores del diario La Nación decimos SI a la DEMOCRACIA, a la continuidad de los juicios por delitos de lesa humanidad y decimos NO al OLVIDO. Por MEMORIA, VERDAD y JUSTICIA."

Trabajadores de La Nación S.A. Comisiones Internas de Prensa y Gráficos

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Diante da vitória de Maurício Macri nas eleições argentinas (51,4 a 48,6) os conservadores lá já se sentem autorizados a declarar em alto e bom som que o mais adequado é "relevar" as atrocidades cometidas na Ditadura. Viva nóis!
A salvação da humanidade, digo, da evolução material a passos de tartaruga (só a material, pq o nível de sofrimento psíquico da humanidade é sem precedentes), é que os conservadores são burros pacaraio.

22/11/15

Repúdio ao "terror" ou solidariedade patética?

Pra variar, Slavoj revelando o que você não se esforça pra enxergar...

"Sim, os ataques do dia 13 de novembro em Paris devem ser incondicionalmente repudiados, mas… não quero aqui procurar introduzir circunstâncias atenuantes, a questão é que eles devem ser realmente repudiados, e para isso é preciso de mais do que o simples e patético espetáculo de solidariedade por parte de nós, cidadãos “livres”, “democráticos”, “civilizados”, contra o grande monstro assassino muçulmano.

Na primeira metade de 2015, a Europa estava preocupada com movimentos emancipatórios radicais (como Syriza e Podemos), enquanto que na segunda metade do ano a atenção se deslocou ao tema “humanitário” dos refugiados – a luta de classes foi literalmente suprimida e substituida pelo tema liberal-cultural da tolerância e da solidariedade. Com os atentados terroristas da última sexta-feira, até mesmo esse tema (que ainda se referia a questões sócio-econômicas mais amplas) está agora eclipsado pelo simples esquematismo que projeta o conjunto das forças democráticas enredadas em uma guerra sem piedade contra as forças do terror – e é fácil imaginar o que se seguirá: uma busca paranoica pelos agentes do ISIS entre os refugiados, e por aí vai… (A mídia já saliva ao informar que dois dos terroristas adentraram a Europa via Grécia como refugiados…) As maiores vítimas dos ataques terroristas de Paris serão os próprios refugiados, e os verdadeiros vencedores por trás das platitudes do tipo “Je suis Paris” serão simplesmente os partidários da guerra total de ambos os lados.

É assim que nos devemos realmente repudiar os assassinatos de Paris: não simplesmente participando das manifestações patéticas de solidariedade anti-terrorista, mas insistindo na simples questão do qui bono: quem se beneficia? (...)"

Texto completo aqui

3/11/15

Gestão como doença social

Gerenciar a si mesmo para atingir alto desempenho é uma demonstração de autonomia recompensada pela promessa de sucesso, felicidade e realização pessoal. Essa suposição provém de uma espécie de "equação mágica" (p. 82) que obscurece a impossibilidade de sermos todos excelentes. Luta-se pelos lugares como se todos pudessem ser o número um. Esquece-se que a própria etimologia da palavra excelência comporta intrinsecamente a exclusão daqueles que não atingem determinados requisitos. O culto da qualidade enquanto excelência estimula, portanto, a competição generalizada e o individualismo.

A doença social mencionada no título refere-se aos paradoxos criados por esse formato de gestão e ao acobertamento da violência simbólica pelas novas regras do trabalho flexível. Os problemas sociais e os conflitos são transferidos para o plano individual e são tratados como distúrbios pessoais. Por outro lado, o fracasso abre uma ferida narcísica, estigmatiza o perdedor como um peso social, pois já não é permitido ser limitado. O método de quantificação da qualidade opera pela desqualificação do que é humano, pela ameaça de avaliação negativa, culpabilizando os desempregados, os precarizados e os assalariados por sua insuficiência e inaptidão para alcançar metas inacessíveis.

Os paradoxos propostos pela gestão hipermoderna podem ser considerados, por si, fatores de adoecimento físico ou psíquico à medida que a pressão exercida pelas exigências empresariais é perturbadora e estimula a construção de uma "subjetividade fluida" (p. 187). Gaulejac afirma, entretanto, que a adesão total aos princípios e às regras das empresas ocorre apenas "de fachada" (p. 135). Em grande parte dos casos, os indivíduos se fragmentam internamente ou mergulham na hiperatividade para não pensarem na dinâmica de uma situação da qual não têm como sair. A ação contínua é fortemente estimulada, pois a estagnação representa fracasso. Mas quando o "sentido da ação se resume em ser campeão" (p. 169), advém daí uma crise simbólica que retira o significado da própria vida.

Não é à toa que na Saúde Pública anuncia-se uma epidemia de distúrbios psíquicos. O discurso do gerenciamento pela qualidade é circular e enlouquecedor em suas inúmeras ambiguidades. A lógica qualitativa do discurso choca-se com a lógica quantitativa da prática. Enaltece-se o valor humano e busca-se o lucro máximo a qualquer custo. Pede-se "autonomia em um mundo hipercoercitivo" (p. 117), criatividade "em um mundo hiper-racional" (p. 117), compromisso intenso com os projetos da empresa e flexibilidade para desligar-se a qualquer instante. O individuo é livre para, enfim, seguir um programa imposto de qualidade máxima.

Diversos distúrbios e enfermidades atingem os desempregados e aqueles que permanecem ativos no mercado profissional, porém submetidos a alto nível de estresse. O estresse, todavia, não é considerado um problema; é antes uma decorrência "natural" (p. 221) da busca legítima por um lugar de excelência e autorrealização. Cabe a cada um se adaptar e gerenciar seu nível de estresse, resistindo à vulnerabilidade psíquica ocasionada pelas condições de trabalho. Como se sabe, as doenças psicossomáticas decorrentes do trabalho são de difícil comprovação. A gestão de si e o autocuidado com a saúde física e psíquica apresentam-se, então, como solução para um problema que a própria atividade de gestão cria. Novamente é o ideal da qualidade de vida, também medida por índices, que alerta o quão se pode ser mais saudável: só depende de cada um aplicar o método milagroso da gestão racional em si mesmo.

Embora Gaulejac siga uma linha de crítica contundente ao longo do livro, repete mais de uma vez que a "gestão não é um mal em si" (p. 29, p. 144). Conclama a substituição da "gestão de recursos humanos" por uma "gestão humana de recursos" (p. 145) de forma a construir "outro mundo possível" (p. 299), para o qual a Sociologia poderia contribuir. Ao final, entretanto, fica a impressão de que o autor foi, enfim, também ele contaminado pelo vírus da qualidade, sucumbindo ao mito da terra sem males, sem conflitos, sem contradições, sem ideologias, onde pudesse haver uma gestão que não fosse permeada por técnicas de dominação e exercício do poder. Apesar destas considerações, fica aqui a recomendação de leitura, certamente inspiradora tanto para a Sociologia do Trabalho, quanto para a Sociologia da Saúde.

Palavras de Maria Regina Cariello Moraes na resenha que fez do livro Gestão como Doença Social, de Vincent de Gaulejac, para a revista brasileira de saúde ocupacional, em 2012.

26/10/15

Saudade

Increíble

Recuerdos

"recuerdas de donde vienes para saber adonde vás"...


Latinoamerica



"tú no puedes comprar los colores"...

25/8/15

Geometria

(Doutor Marmota) Biglio, eze guadradinho é bom!
(Beu guerido bilgio) EU BREVIRO OS BARALELEBIBEDOS
(Beu guerido bilgio) de guadrado já basdam dodos os BUROGRADAS!
(Beu guerido bilgio) ainda bem gue logo zerei ABOSENDADO
(Beu guerido bilgio) e eu num zou guadrado, zou um ZÍRGULO
(Beu guerido bilgio) grazas às CERVEZAS

(obs.: bilgio, brezda adenzao doz VODEBAZ. É ZERVEJA! Ze vor em ezbanhol é ZERBEZA

9/6/15

Comunicado: Marmota corporation

Pessoal,
é com muita satisfação, e, porque não dizer, orgulho, que comunico a vocês a nossa nova parceria com a Barbosa Leilões.
A partir de agora, a Marmota Corporation também está presente no ramo de intermediação agropecuária, e tem a honra de se associar a uma empresa que carrega no nome talvez o maior dos nossos heróis da atualidade: o incrível Barbosa.
Em breve divulgaremos mais detalhes da nossa parceria.
Aguardem!



Criança feliz

"Babai, guero deijar regisdrado gue eu dão esdou indo drabagliar bor gausa da GREVE DE OINIBUS. SOBENDE BOR IZO!"
(Beu guerido biglio. Guerido e invejável biglio)

8/6/15

Papo reto

Uma imagem diz mais do que mil palavras, mas vocês podem imaginar o que eu disse pro Felipe Massa...

4/6/15

Funk enlatado

Falando em melodia...

Melodia

13/4/15

Inolvidable

Galeano se fué.
Una lástima para los que quedan por aqui.
Fue uno de los mayores.
Increíble.
Inolvidable.
Único.

26/3/15

Gamuvlagem



Dinguém nodou ainda, baz az vaguinhaz ezdão gorrendo buido berigo.
Dudo gulba da induzdria do zigarro, obvio, gue guer ezgonder os males do gânzer e do zigarro.
Revlidam.
Uba imagem vale baiz de bil balavraz.

11/3/15

Fraqueza sem ponto

"Não gosto de powerpoint. Quem usa não tem power, nem point."
(Doutor Ministro Desmantelador)

22/2/15

Energia

"Um menino com 14 anos... essas duas pilastras aí da frente que se cuidem..."
(Doutor Sexólogo)

21/2/15

Sumário executivo preliminar

Segue parecer preliminar do beu guerido biglio sobre a situação das vaquinhas

"Babai, bou analizar gom galba, bas bor enguando denho gue dizer o seguinde:

É UM ABZURDO A POTOCA DER QUE GARREGAR NAS GOSDAS UM DODAL DE 125 BRINGOS. VIGA DIVIZIL BRODUZIR LEIDE AZIM!!!

ONDE VAI BARAR EZA MANIA DE VAZER BIERCING??? NEM AS VAGAS ESGABAM DEZA BREZÃO ZOCIAL!

E GUANDAS DADUAGENS A POTOCA DEM, BABAI??? 219???

PS.: ESBERO GUE JÁ DENHA SIDO ABERDA UBA ZINDIGÂNZIA BARA INVESDIGAR A MORDE DO BEZERRO DA VAGA BACANA.
IZO ESDÁ ME JEIRANDO A UM AZZAZZINADO, DALVEZ UM AJUSDE DE GONTAS DE ALGUÉM INDEREZADO EM BREJUDIGÁ-LA!
E AS DORES NAS MÃOS BODEM ZER RESULDADO DE DORDURA!
OBVIABENDE UM GRANDE ZUZBEIDO É A INDÚSDRIA DO ZIGARRO, GUERENDO ESGONDER AS BROVAS DO GÂNZER!"

25/1/15

13/1/15

6/1/15

Doxa

"O veneno vem na sopa"
(Mano Brown)