c o n t a t o

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29/3/12

"O problema puxa o país pra baixo"

E o principal problema da burocracia é que ela recebe o salário no fim do mês.

27/3/12

A burocracia fede... e não respira II

"Você fala bom dia prum burocrata e ele fala: NÃO!"
(Doutor Chicão)

3 neurônios

Este livro nasceu de um texto de Borges. Do riso que, com sua leitura, perturba todas as familiaridades do pensamento - do nosso: daquele que tem nossa idade e nossa geografia -, abalando todas as superfícies ordenadas e todos os planos que tornam sensatas para nós a profusão dos seres, fazendo vacilar e inquietando, por muito tempo, nossa prática milenar do Mesmo e do Outro. Esse texto cita "uma certa enciclopédia chinesa" onde será escrito que "os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperados; b) embalsamados, c) domesticados, d) leitões, e) sereias, f) fabulosos, g) cães em liberdade, h) incluídos na presente classificação, i) que se agitam como loucos, j) inumeráveis, k) desenhados com pincel muito fino de pelo de camelo, l) et cétera, m) que acabam de quebrar a bilha, n) que de longe parecem moscas". No deslumbramento dessa taxinomia, o que de súbito atingimos, o que, graças ao apólogo nos é indicado como um encanto exótico de um outro pensamento, é o limite do nosso: a impossibilidade patente de pensar isso.
as palavras e as coisas, de michel foucault

18/3/12

A burocracia fede... e não respira



E os comentários do diretor (en español, por supuesto)

Brasília fede... e respira

(José Padilha) Vou dirigir o filme junto com o Gabriel O Pensador. Quem está escrevendo o roteiro é o Luiz Eduardo Soares. Provavelmente, o longa vai se chamar O Corruptólogo, uma referência ao fazedor de caixa dos partidos, o cara que entende tudo de financiamento eleitoral e fecha os acordos com os patrocinadores das campanhas. Quero estudar em minúcias por que um banco financia um político, e o que significa para um político ser financiamento por um banco. Trata-se, portanto, de um filme sobre o que constitui o poder no Brasil, a fim de que o público compreenda as verdadeiras regras de funcionamento do Congresso e do Executivo.
(Fernando Meirelles) Já a minha idéia é mais simples, muito mais ingênua que a do Padilha. Pretendo rodar um documentário na linha ‘O Congresso para principiantes’. Não vou fazer denúncias. Vou explicar o que é o Legislativo, mostrar para que serve, como funciona. A gente fala mal de deputado, fala mal de senador, mas ninguém sabe como é que os partidos se organizam, o que podem e o que não podem fazer. Imagine se a TV pública do Lula explicando o que é o Congresso. Meu filme será quase isso.
(Perguntador) Como assim? Um filme chapa branca?
(Meirelles) Olha, se eu começar a falar muito, acabo não conseguindo nem entrar no Congresso. Então, prefiro ficar quieto, para não fechar as portas…
(Padilha) Já me disseram que o Fernando é o homem-bomba (risos).
(Meirelles) Olha quem fala…é um projeto de longo prazo, só vou rodar o filme nas horas vagas, nos fins de semana.
(Padilha)Se você for para Brasília nos fins de semana, não vai ter deputado lá, cara. Esse filme é impossível (risos)
(Meirelles) Mas pode ficar bonito… Aquela imagem de tudo vazio…
(Padilha) Já entendi, é um filme de arquitetura! O Fernando vai chegar lá em Brasília e perguntar: “como funciona o Congresso?”; Aí a câmara vai mostrar aquele vazio..
(Meirelles) Exatamente! Está vendo como o filme é bom? Não preciso falar nada, só mostrar.
Fonte: época, 2008.

14/3/12

Eu

13/3/12

Esclarecimento



Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar
tô - tom zé

8/3/12

Divina! Divina! Divina!

P@#%/c* do positivismo

"Entre as várias razões que estimularam a recepção de Gramsci no Brasil a partir dos anos 60, uma das mais importantes foi sem dúvida o desejo de levantar a chapa de chumbo do positivismo, que pesava com várias toneladas não só sobre a cultura "republicana" brasileira desde o fim do século 19, mas também sobre a cultura política da esquerda marxista.

Mais conjunturalmente, se tratava de encontrar pontos de apoio político-filosóficos para resistir à onda de marxo-positivismo estruturalista promovida por Althusser e seus discípulos, que vinha tendo grande impacto na França e no Brasil. É nesse contexto que vários pensadores marxistas brasileiros -- entre os quais Carlos Nelson Coutinho tem um papel pioneiro -- vão começar a introduzir o pensamento de Gramsci no Brasil, traduzindo suas obras e utilizando seus conceit os para interpretar a realidade brasileira.

A obra de Antonio Gramsci representa, com efeito, uma das tentativas mais radicais de libertar o marxismo da herança cientificista e positivista que predominou na versão "ortodoxa", tanto da Segunda Internacional (Plekhanov, Kautsky) como da Terceira (Bukharin, Stalin).

(...)Polemizando contra o historicismo, Louis Althusser insistia que Marx era "um homem de ciência como os outros", comparável, em seu terreno, a Lavoisier ou Galileu. Sem o dizer de forma explícita, ele se opunha diretamente a uma tese de Gramsci, que escrevia: "Graziadei [...] coloca Marx como unidade em uma série de grandes cientistas. Erro fundamental: nenhum dos outros produziu uma concepção original e integral do mundo". Essa visão do mundo, a filosofia da práxis, não pode ser decomposta em uma ciência positiva de um lado e uma ética do outro: ela supera, em uma síntese dialética, a oposição tradicional entre "fatos" e "valores", ser e dever-ser, conhecimento e ação, teoria e prática.

Na sua tentativa de reconstrução do marxismo e do comunismo, Gramsci submete a uma crítica radical a doutrina predominante na Terceira Internacional, que tem uma de suas manifestações mais intel igentes no livro de Nikolai Bukharin sobre o materialismo histórico, o Manual Popular de Sociologia Marxista (1922). Trata-se, para o autor dos Cadernos, de uma obra totalmente prisioneira de um conceito de ciência copiado das ciências naturais -- segundo o princípio fixado pelo positivismo de que estas são a única forma possível de ciência. O resultado é que a compreensão de Bukharin da história não é dialética, mas inspirada por um "chato e vulgar evolucionismo" que pretende fazer "previsões científicas" análogas às que buscam as "ciências exatas".

É interessante observar que alguns anos antes Georg Lukács havia criticado o manual de Bukharin em termos bastante semelhantes na revista Archiv für die Geschichte des Sozialismus und der Arbeiterbewegung (1925). É muito pouco provável que Gramsci tivesse lido esse ensaio: simplesmente os dois partilhavam uma mesma orientação filosófica, historicista/dialética, humanista revolucionária e antipositivista, da qual participavam também outros pensadores marxistas como Karl Korsch ou -- desconhecido na Europa -- o peruano José Carlos Mariátegui.

Gramsci praticamente não conhecia os trabalhos de Lukács; e este último só descobriu o marxista italiano a partir dos anos 60. Mas, numa entrevista de julho de 1971 -- pouco antes de sua morte -- para a revista inglesa New Left Review, o filósofo húngaro reconhece que ele, Karl Korsch e Antonio Gramsci haviam tentado lutar, cada um à sua maneira, contra o positivismo e o mecanicismo que o movimento comunista havia herdado da Segunda Internacional. Lukács acrescenta o seguinte comentário retrospectivo: "Gramsci era o melhor entre nós"."

Trechos do texto: "O pensador heterodoxo", de Michael Löwy

Ideologia e filosofia

"Com efeito, ao mostrar que filosofia é também uma ideologia, Gramsci define esta última como ‘unidade de fé entre uma concepção do mundo e uma norma de conduta adequada a ela [...]. É por isso, portanto, que não se pode separar a filosofia da política; ao contrário, pode-se demonstrar que a escolha e a crítica de uma concepção do mundo são, também elas, fatos políticos’ (Cadernos do cárcere, v. 1). No mesmo sentido, Lukács define a ideologia como algo que transcende o nível epistemológico e se liga diretamente à ação prática."
Carlos Nelson Coutinho, De Rousseau a Gramsci - ensaios de teoria política.

Ela é divina

1/3/12

Duelo garantido

Após a confirmação de que Rugens Garrichelllo correrá a próxima temporada de fórmula indy, o piloto Michael Schumacher divulgou em sua página na internet que também vai disputar a temporada 2012 da Indy, mas só que pela Chip Ganassi, atual campeã da categoria.
Vejam o comunicado oficial do piloto alemão:
"Estou muito feliz com essa possibilidade, e muito feliz também pelo Rugens. Infelizmente não serei companheiro dele esse ano, mas se ele provar o que sabe ano que vem tem grnades chances de ser nosso piloto número dois lá na Ganassi. Torço muito para que sejamos novamente companheiros de equipe e só guardo boas recordações daquela época. Não sei porque mas foi um momento de muita sorte pra mim. Posso dizer que era até inexplicável! Gosto muito do Rugens e o fato dele ter vindo pra Indy e deixado a F-1 foi decisivo para que eu também viesse."

O presidente do Váixsco da Gama, Roberto Dinamite, disse que ficou muito feliz com a notícia da contratação de Shummy pela Chipi Ganassi e que isso valorizará ainda mais a marca do Váixsco, que patrocina Ruguinho.

Já Rugens não foi encontrado por nossa reportagem para comentar o assunto.

Ainda sobre a próxima temporada da Indy, o piloto japonês Takuma Sato, que também correrá esse ano, declarou que está muito triste com a contratação de Rugens pela KVR. Além de ocupar a vaga de Sato, que por isso teve de mudar para a Rahal Racing, Rugens acabou com as possibilidades de Satoru Nakajima partipar da Indy em 2012.

Ocorre que quando começaram os rumores sobre os possíveis piltos da Indy em 2012, ainda no fim do ano passado, as seguradoras estadunidenses se reuniram e afirmaram que caso Satoru Nakajima e Rugens Garrichellllllo disputassem a Indy ao mesmo tempo elas seriam obrigadas a entrar na justiça sob o argumento de que seria alterado o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de seguro dos carros da categoria.
Apesar disso, Sato ainda espera que Nakajima possa correr ao menos a prova da China. O fato do circuito chines não ser oval aumenta as possibilidades de Nakajima.
Takuma Sato é presidente do sindicato dos pilotos japoneses.