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12/4/12

Sem fundo, com fundamento

"Este ensaio estaria, em si, fora de moda, já que é metanarrativa, em grande parte, perdida, bem a gosto de certa retórica sociológica que nunca sabe onde está, mas imagina poder dizer aos outros para aonde deveriam ir. Não tenho esta pretensão, até porque o conhecimento científico (ou que assim quer) desempenha-se melhor na negativa do que na afirmativa, no eco (não positivista) de Popper: toda teoria deve ser falsificada, nunca, porém, confirmada. Como toda teoria, no fundo, não tem fundo, não estranharia que este ensaio também não tenha. Ora, ora, isto é meu tema: como fundamentar sem fundo! De um lado, só vale o que se fundamenta. De outro, o fundo de um fundamento é o que menos o fundamenta, porque, a rigor, não existe. Estou falando de fundos peremptórios, inconcussos, definitivos. Há, contudo, outros fundos, mais macios, menos compactos, ou seja, provisórios, históricos, naturais. Vou discutir - muito preliminarmente - este desafio que hoje ronda nossas vidas por toda parte e alguns sociólogos já tangenciaram com grande elegância, em particular Bauman.
Pedro Demo - Fundamento sem fundo - ensaio sociológico/metodológico da relatividade das coisas

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