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24/9/09

Ficções

"O único personagem que os praticantes do mercado podem e querem reconhecer e acolher é o homo consumens o solitário, auto-referente e autocentrado comprador que adotou a busca pela melhor barganha como uma cura para a solidão e não conhece outra terapia; um personagem para quem o enxame de clientes do shopping center é a única comunidade conhecida e necessária e que vive num mundo povoado por outros personagens que compartilham todas essas virtudes com ele, e nada além.
Der Mann ohne Eigensschaften, o homem sem qualidades, da modernidade precoce amadureceu e se tornou (ou teria sido obrigado a isso pela força numérica das massas?) der Mann ohne Verwandtschaften, o homem sem vínculos.
O homo oeconomicus e o homo consumens são homens e mulheres sem vínculos sociais. São os representantes ideais da economia de mercado e os tipos que agradam aos analistas do Produto Nacional Bruto.
Eles também são ficções."
Zygmunt Zygmunt Barbosa. Sobre a fragilidade dos laços humanos. In, PIBcocoplatz. Fodam-se as bibliotecárias. São Sebastião do Rio de Janeiro, 1458.

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