c o n t a t o

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30/3/11

Benção

"(...) o habitus não é de modo algum o sujeito isolado, egoísta e calculista da tradição utilitarista e dos economistas (e seus seguidores, os "individualistas metodológicos"). Ele constitui o lugar de solidariedades duráveis, de fidelidades incoercíveis, pelo fato de estarem fundadas em leis e laços incorporados, as do espirit de corps (do qual o espírito de família é um caso particular), adesão visceral de um corpo socializado ao corpo social que o fez e com o qual ele faz corpo. Por conta disso, ele constitui o fundamento de um conluio implícito entre todos os agentes que são o produto de condições e condicionamentos semelhantes, bem como de uma experiência prática da transcendência do grupo, de suas maneiras de ser e de fazer, cada um encontrando na conduta de todos os seus pares a ratificação e a legitimação ("isso se faz") de sua própria conduta a qual, por sua vez, ratifica e, se for o caso, retifica a conduta dos outros. Sendo um acordo imediato quanto às maneiras de julgar e de agir que não supõe a comunicação das consciências, e menos ainda, uma decisão contratual, esse conluio funda uma intercompreensão prática, cujo paradigma poderia ser o que se estabelece entre os parceiros de uma mesma equipe, mas também, a despeito do antagonismo, entre o conjunto de jogadores envolvidos numa partida."

Frases do Pierre in Meditações Pascalianas.

Comentário (quinem no bróguio do G^odóio): Que Deus preserve, sempre, a ignorância. "Para o 'nosso' 'bem', e de toda a santa igreja".
E o humor!

1 comentario:

Navjava dijo...

Marmota, me desculpe, mas só entendi a última linha, qual seja: "...entre o conjunto de jogadores envolvidos numa partida." Um abraço.