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1/3/10

Uni-vos

"O projeto societário que se definiu, mormente na década de 90, por um capitalismo monetarista e rentista, associado de forma subordinada e depentende aos centros hegemônicos do sistema capital, demanda dominantemente, na divisão internacional do trabalho, o trabalho simples e de baixo valor agregado. Consequentemente, para esse projeto de sociedade, não há necessidade da inversalização nem da democratização da qualidade da educação básica, especialmente a de nível médio.

Dessa opção decorre a reiteração do dualismo entre educação geral e específica, humanista e técnica, portanto, a frágil relação entre educação básica e formação técnico-profissional em uma perspectiva unidimensional da pedagogia do capital e do mercado. Trata-se de formar o trabalhador cidadão produtivo adaptado à corrida sem fim para adquirir as "competências" de mãos adestradas ou olhos aguçados e de coração e mente submissos. Essa lógica perversa penetrou no imaginário popular e o conduz a demandar esse tipo de formação.

Os quatro anos de governo Lula efetivaram avanços significativos nas políticas distributivas e compensatórias, incluindo milhões de brasileiros na renda e cidadania mínimas, mas não conseguiram alterar as determinações estruturais que geram a profunda desigualdade social. As forças conservadoras buscarão, de todas as formas, impedir que as mudanças estruturais ocorram neste segundo mandato. Como mostra Oliveira, essa mudança só ocorrerá mediante pressão das forças de esquerda e dos movimentos populares."

Gaudêncio Frigotto, A relação da Educação Profissional e tecnológica com a Universalização da Educação Básica at Anais e Deliberações da I Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. MEC, 2006.

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