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1/3/13

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Putaquepariu, como que não publica na íntegra?

Zico
por Mauro Beting em 01.mar.2013 às 13:34h

Zico, em nome do futebol, eu gostaria de te dar 40 anos a menos de idade. Por que sei que você faria na vida tudo de novo. Só não digo que faria ainda melhor que não há como superar o maior artilheiro do Maracanã. O maior ídolo. craque e goleador do clube mais popular do pais mais popular do futebol no planeta.

Mundo que foi todo seu em 1981 com o melhor time brasileiro que vi em 40 anos de estádios e estúdios. Como deveria ter sido em 1982. Como poderia ter sido em 1986 não fosse um joelho doído que você venceu. Como poderia ainda assim ter sido não fosse um chute errado seu num jogo doido.

Erro que só te deixa ainda maior. Por que nenhum outro gênio do esporte teve de se construir como atleta como você. Pouco craque superou tantos problemas para ser o que você é. Um Zico de craque. Um Zico de pessoa.

Arthur poderia se achar. Mas ele não se perde. Só soube ganhar respeito e admiração como soube vencer estaduais, nacionais, libertadores e mundial. Não ganhou a Copa. Mas conquistou o mundo e a história. Ganhou corações como a Hungria de Puskás, a Holanda de Cruyff, o Brasil de Zico.

Mas Zico é do Flamengo. É o Galinho de Quintino. É o Rei do Maracanã.

Cidadão que sempre apareceu vestido de rubro-negro em todas as tantas conquistas de 1971 a 1989. Todos os companheiros estavam sem camisa ou com a do rival vencido nas festas campeãs. Menos quem fez mais. Menos Zico. Sempre vestido inteiro de Flamengo.

“Por respeito ao clube”. É o que me disse meu companheiro de “Zico na Área”, no Esporte Interativo, quando perguntei o motivo de também nas imagens ser o mais rubro-negro de todos.

Respeito que nem sempre o Flamengo deu a quem mais deu ao Flamengo.

O Galinho dos 826 gols. Mais de 50 títulos como jogador e treinador. O menino que ganhou tudo ao ganhar corpo na adolescência num trabalho exemplar do clube. Num esforço comovente dele.

Virou mito, mas não máquina. Nasceu com a alma e o caráter herdados da mãe Matilde e do pai “lusitano”, não “português”. Seu Antunes era Flamengo até morrer. Fez Flamengo a família. Mesmo quando o filho Antunes jogou pelo Fluminense, mesmo quando Edu brilhou pelo América.

Todos foram Flamengo. Ainda mais a partir de 1971. Quando o Maracanã virou puxadinho do lar de Quintino. Palco onde foi dez e Flamengo até 1983. Udine até 1985. Maracanã até 1989. Japão de 1991 a 1994.

O melhor do gênio, do mito, do ídolo e do amigo não é o muito que jogou. É o pouco que exige de admiração. Até as areias do Rio pedem autógrafo a ele. E ele não se porta como rei Arthur. Ele não é estrela de brilho próprio. É sol que ilumina o Rio e o Flamengo.

Jogou muito e fez seus times jogarem muito mais. Por que se cobrava e exigia. Comum com todos, foi incomum como raros. Nunca em 22 anos como jornalista esportivo tive parceiro tão humilde para querer aprender e melhorar. E ele é Zico.

Sempre buscou o máximo. O mínimo que encontrou foi amor incondicional. No país do E.T. Pelé, Zico não é o maior. Mas, na Nação Rubro-Negra, todos são Zico.

Um cara tão bom que parece lenda.

E é.

Mais que parabéns, Zico, obrigado.

Não sou Flamengo.

Mas uma vez Zico, sempre Zico

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