"(...)No início de 1973, antes da queda de Salvador Allende voltei para o Brasil e fui viver clandestinamente em São Paulo. Fiquei até meados de 74 ajudando a juntar os cacos de parte da esquerda, que procurava entender por que havia montado e partido num rabo de foguete. Foi um período duríssimo. Vivia trancado o dia todo. Saía apenas à noite para fazer contatos rápidos. As regras de segurança rigidíssimas justificavam-se: se fosse preso, certamente, seria torturado e morto. Mas, apesar de tudo, valeu a pena. Aos poucos, o trabalho foi sendo retomado nos bairros, nas escolas, no movimento sindical. Algo se mexia. Muito pouco, é verdade, mas se mexia.(...)"
Franklin Martins
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