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30/8/12

Development III

Ministério Público sul-africano acusa mineiros grevistas pela morte de seus colegas

A medida pode ter sido uma alternativa para manter presos 270 manifestantes

Duas semanas depois que a polícia sul-africana abriu fogo contra 3 mil mineiros em greve, matando 34 e ferindo 78 trabalhadores em um dos piores episódios de violência desde o fim do apartheid, os promotores do país acusaram os próprios grevistas pelo assassinato de seus colegas, em vez das forças policiais.

A jogada foi realizada pelo Ministério Público do país nesta quinta-feira (30/08), em uma sessão judicial contra os 270 manifestantes presos durante o protesto. Agora, os detidos terão que responder por homicídio e tentativa de homicídio, como cúmplices do crime.

As denúncias, que podem ter sido uma maneira encontrada pela promotoria de manter os 270 grevistas na prisão, provocaram a ira de sindicatos e movimentos sociais do país. “Isso é intimidação pura”, disse Patrick Cravez, porta-voz de federação sindical sul-africana.

“Os advogados têm de ser muito estúpidos se acham que essas denúncias podem ser aceitas. A noção de que estes mineiros são responsáveis pelas mortes de seus companheiros é um absurdo”, acrescentou Cravez, segundo o jornal norte-americano New York Times.

“As acusações são ilegítimas”, afirmou Pierre de Voz, professor de direito da Universidade da Cidade do Cabo para o New York Times. “Nenhuma corte na África do Sul vai determinar que os mineiros são culpados pela doutrina do propósito comum”.

No dia 16 de agosto, milhares de trabalhadores da Mina de Lonim, no Noroeste da África do Sul, reivindicavam um aumento de 12% dos salários e melhoria nas condições de trabalho quando foram atingidos por tiros de um batalhão de policiais. Em decorrência da repressão, os mineiros continuaram com a greve e outros protestos foram organizados.

Fonte: Opera Mundi

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