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14/6/11

A lorota do longo prazo

"(...) a lógica da visão neoliberal é simples e intuitiva: o país tem um potencial de crescimento limitado, e o mercado é sempre mais eficiente do que o governo, de tal modo que a única forma de acelerar o desenvolvimento é liberalizar a economia, cortar impostos e conter os gastos públicos. Uma vez tomado este caminho, o desenvolvimento – depois de um necessário período de ajuste até começarem a se evidenciar os efeitos de longo prazo – seria materializado de forma gradual e equilibrada. Diante da desaceleração do crescimento e do aumento na taxa real de juros verificados ao final de 2005, a resposta natural dos defensores da visão neoliberal foi recomendar um aumento na dose do “remédio neoliberal” ao governo Lula. Mais especificamente, nessa época, os neoliberais recomendavam a adoção de uma “contração fiscal expansionista”: o governo deveria aumentar o seu resultado primário, desacelerando o crescimento das transferências de renda e do gasto com o funcionalismo. Segundo esta proposta, a economia iria responder a tal iniciativa com um corte na taxa real de juros e um aumento do investimento privado de modo que, ao final do processo, a resposta positiva do setor privado mais do que compensaria o impacto negativo do ajuste fiscal sobre o nível de atividade econômica. Como é previsível neste tipo de argumentação, o resultado positivo da contração fiscal viria somente no longo prazo. De forma tautológica, este “longo prazo” era definido como o prazo necessário para que tal estratégia desse certo (2010, p. 9)."

(Barbosa, Nelson e Pereira de Souza, José Antônio, at A inflexão do Governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda. 2010.

Obs.: Palófa, tudo em paz?

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